O futuro começa agora: Líderes conectados

LÍDERES MAIS PREPARADOS PARA AS TRANSFORMAÇÕES

A expressão “pensar global e agir local” surgida lá em meados dos anos 90 quando o mundo discutia as mudanças que viriam com a globalização nunca fez tanto sentido como nos dias atuais. Com o atual cenário causado pela pandemia da Covid-19, acompanhado de uma série de questionamentos, surgiu também um novo formato de trabalho, de consumo e desejos de todos nós.

A pandemia irá acelerar tendências que já estavam rondando o estilo de vida, de oferta e procura de produtos e serviços e a maneira como vivemos e convivemos uns com os outros, nossas prioridades e o que realmente valorizamos. É de se esperar que, depois de tudo isso, teremos, inevitavelmente, uma nova visão sobre o mundo e sobre o futuro.

Ninguém sabe ao certo como agir. Mas todos sentem que precisam agir rápido. E é neste ambiente acelerado de transformações que os líderes estão sendo postos a prova, não apenas com sua capacidade técnica, mas, principalmente, com sua habilidade de entender o próximo e repensar toda uma forma de trabalhar.

Como ser um líder empático durante e depois da crise

Os líderes de empresas estão sob enorme pressão no momento. Eles devem tomar decisões rapidamente com informações incompletas e em rápida evolução. E, infelizmente, estar em “modo crise” pode fazer com que até os líderes mais bem intencionados caiam em padrões exclusivos e pouco empáticos.

É muito mais provável que as organizações sejam inovadoras diante dessa crise, abordando os problemas de várias perspectivas. Agora é a hora de os líderes pensarem em que tipo de líder precisam ser para todos os seus colaboradores, especialmente os mais vulneráveis e marginalizados.

Alguns dicas importantes para auxiliar seus colaboradores neste momento:

  • Garanta que todos tenham acesso igual à tecnologia para trabalho remoto;
  • Mostre empatia pelos pais que estão trabalhando em uma nova realidade, com o homeschooling, sendo compreensivo e até achando graça quando os filhos aparecem sem querer em uma videoconferência;
  • Compartilhe proativamente recursos de saúde e saúde mental da sua organização para funcionários, principalmente os mais velhos e/ou comprometidos com a imunidade;
  • E, acima de tudo, mostre compaixão.

A crise nos dá a chance de avaliar a estrutura do trabalho e como os processos organizacionais precisam se adaptar. A medida que navegamos em territórios desconhecidos, temos uma oportunidade única de explorar novas possibilidades.

“O futuro é digital. Mas é cada vez mais humano.”

Ana Shimofusa, autora da frase acima, é co-fundadora da Bfuture, uma empresa que nasceu com o propósito de cuidar do ser para conectá-lo com o futuro. Nesta última semana, a Defamilia realizou um webinar com a Ana para discutirmos um pouco sobre as transformações que estamos vivendo e como o profissional e líder do futuro se adapta para a nova realidade.

Ana ressalta a importância do trabalho colaborativo das empresas neste momento. A competição dando espaço à colaboração. Como estas empresas podem contribuir para o bem coletivo, sempre pensando nas pessoas. O momento, apesar de crítico, é uma grande oportunidade para reconstrução. Repensar a sua empresa, a sua entrega, o seu propósito. As pessoas estão valorizando cada vez mais as empresas que cuidam, que tem significado em suas ações e impacto na vida das pessoas.

Do ponto de vista do profissional, Ana diz que o mindset da liderança do futuro tem muito a ver com comportamento. E de todas as habilidades que o profissional precisa ter, do seu ponto de vista, as principais são:

  • Aprender sempre. Não é uma questão de idade e sim de mentalidade. Procurar sempre estar atualizado com o que está acontecendo no mundo para ser capaz de se adaptar mais facilmente.
  • Criatividade e inovação. O líder precisa ter um ambiente aberto para que isso aconteça. O uso de algumas ferramentas como design thinking, design sprints, scrum, entre outros, auxiliam a criar um ambiente criativo e inovativo. O líder é aquele que cria futuros.
  • Empatia. O medo é o sentimento que está mais aflorado neste momento nas pessoas. Entender isso, perceber e se mostrar solidário é uma forma clara de empatia. O líder precisa estar muito próximo da equipe para entender o que está acontecendo com as pessoas e com ele mesmo.

E depois da crise? Como será?

Certamente a gente vai voltar diferente disso tudo o que está acontecendo. As pessoas começam a enxergar coisas que não enxergavam antes.

Para que empresas e marcas sobrevivam, o canal online terá de ser uma realidade para os negócio. A transformação digital será forçada. As empresas e marcas terão que tratar, de uma vez por todas, os consumidores como indivíduos, humanizando o negócio, e não mais como números ou relatórios.

Muitas inovações surgirão desse trabalho de repensar o consumo de forma sustentável. O tempo virou, tudo mudou. Entramos em uma quarentena de consumo e temos agora uma página em branco para um novo começo, um novo momento do mundo digital. O impacto do coronavírus será também cultural e afetará de forma profunda as relações humanas, a comunicação, nossas prioridades, os serviços e a produção industrial. Daqui teremos saltos de tecnologia e um mundo diferente.

Desta maneira, empresas que sequer cogitavam o trabalho home office, mesmo para funções pelas quais isso seria totalmente viável, estão tendo que se adaptar rapidamente a este formato de trabalho. Além disso, companhias que já atuavam assim, muitas vezes de forma tímida, em formato de teste ou num sistema misto, por exemplo, estão expandindo este método para todos os departamentos capazes de trabalhar de casa. Portanto, um dos efeitos do novo coronavírus será a quebra de alguns paradigmas.

Jornadas de trabalho diferenciadas, home office, homescholling, novos modelos de negócios, negócios que já não fazem mais sentido, propósito, significado, foco nas pessoas, valorização do tempo de qualidade. Desse momento difícil e sem precedentes, certamente tiraremos grandes lições.

Caso queira assistir ao webinar com a Ana Shimofusa, clique aqui.