Mais Mulheres nos Conselhos e a Polêmica Nubank

Em tempos de discussões em relação à inclusão social e igualdades de gênero, o que presenciamos nas ultimas semanas, no caso do convite do Nubank para que a cantora e empresária Anitta fizesse parte do seu quadro de conselheiros, se mostra um exemplo de que os passos para este caminho ainda estão largos.
Falamos e ouvimos muita contradição nas mídias, mas o avanço parece não acompanhar o desenvolvimento e a sequência do que é veiculado. Criticas devem ser feitas e precisam ser construtivas, mas ofensas e desacreditar em um talento em detrimento de outro é não reconhecer que o mundo vem mudando e que o que valia no passado terá que sofrer suas adaptações.
Reconhecemos que existe um aumento da conscientização da população, como um todo, em relação à sustentabilidade do planeta e que também o consumidor não está disposto a comprar de empresas que ele não acredita em seu propósito.
Isto posto, fica claro, que a inclusão e a diversidade em conselhos será fundamental para que possamos acessar este consumidor.
A inclusão de mulheres qualificadas nos conselhos, coloca luz neste ponto.
Os investidores em geral, estão atentos à necessidade dessa diversidade e a aprovam, não somente os mais jovens e já é consenso que se tenha este respeito à diversidade.
Um bom exemplo é a Instituição Goldman Sachs que investe em IPOs, em especial em companhias que tenham mulheres presentes no seus conselhos. (Fonte Stuart board Index Brasil).
O convite que Nubank fez à cantora, para ser conselheira no quadro da fintech, teve grande repercussão na mídia, com muitas críticas à iniciativa, mas também, dá a mensagem de como a empresa está alinhada com sua missão inovadora, de avançar no seu propósito de promoção da diversidade, em um tema que demonstram considerar de extrema importância.
O banco passa a ter 3 mulheres em seu conselho de administração, puxando para cima a porcentagem de mulheres conselheiras no Brasil, o que para o país é algo bom, desde que melhore o índice de Mulheres nos Conselhos que ainda se mantém em 12, 1% segundo relatório da UNDTAD, em análise de desenvolvimento e comércio da ONU.
O debate de igualdade de gênero deve continuar e esperamos que seja para uma discussão sem calor preconceituoso, mas sim, enriquecedor para que tenhamos uma sociedade mais igualitária, que valorize a mulher em suas capacidades e habilidades genuínas.
Se foi ou não somente uma jogada de marketing, logo saberemos pois, dependerá de que este publico que almejam com a participação de uma cantora que, por si só, causa polêmica pela postura política e convicções, veremos o que isto agregará para o banco dentro dos seus objetivos.
Só o tempo nos dirá.
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