Sociocracia, uma Nova Mentalidade em Sociedades Produtivas!

Quando todas as decisões são tomadas, com todos os membros de uma instituição ou empresa e quando todos podem participar dos processos decisórios e também do gerenciamento dos negócios, denomina-se Sociocracia .
Este conceito surgiu do filósofo Auguste Comte ( 1798-1857) que trouxe a expressão, dentro da sua teoria do Positivismo. Comte idealiza um sistema onde a sociedade participe das tomadas de decisões, e tenha sua auto-organização nas decisões e uma co-responsabilidade nas ações.
Neste sentido, o conceito de sociocracia foi utilizado por Kees Boeke na sua escola na Holanda e por Gerard Endenburg, que em uma Europa destroçada após segunda guerra, que precisava de uma nova ordem social, foi em momento crucial que veio corroborar com a idéia de uma mudança nas organizações, especialmente as do setor econômico, que impelia que as tomadas de decisões fossem mais participativas e inclusivas. Assim, no final da década de 60, essas ideias começaram a tomar forma e mais força dentro das organizações e empresas e passaram a ser aplicadas e aprimoradas. Nos anos 70 foi fundada a “Sociocratisch Centrum” , nome dado ao instituto que passou a pesquisar, divulgar e implementar este sistema de participação mais ativa de todos os integrantes que estivessem envolvidos nos processos decisórios e nas efetivações dos consensos.

Este modelo de sociedade se baseia em 4 regras fundamentais: A Estrutura em Círculos, a dupla Conexão entre os Círculos, o Princípio do Consentimento e a Eleição de pessoas.
Em todos esses segmentos, o objetivo principal é a formação das pessoas para que se integrem nas atividades e participem com igual poder na estrutura social da organização e nas ações a serem efetivas. Importante referência é de Hermanus Meijerink, no artigo “Sociocracia: o desafio da participação nas decisões”.
Alguma semelhança existe com a “democracia”, mas esta tem sofrido reformulações onde as comunidades têm um elemento representativo e legitimado por voto popular e que não contempla a participação de todos, como na sociocracia, onde todos são co-responsáveis e participam de todos as decisões.
Vários modelos de organizações podem se beneficiar deste tipo de sociedade, como por exemplo: empresas, comunidades, governos, na área da Educação, ONGs e Associaçoes.
Os principais objetivos são o de atingir o engajamento, aumentar a produtividade e o comprometimento dos integrantes, flexibilidade de adaptação e de encorajar lideranças desenvolvendo potenciais em muitos dos membros. Já é sentido também, uma diminuição de estresse no ambiente de trabalho ,o que resulta ainda em um melhor desempenho, mais produtividade e mais lucro.
Um modelo que tem se expandido, dentro deste modelo de sociocracia é o cohousing. Formação de vilas e comunidades com mesmas necessidades e com uma governança mais dinâmica, uma auto-gestão, com consentimento de todos para as tomadas de decisões de grupos específicos, com estrutura que correspondem às demandas coletivas do grupo, onde se integram as opiniões de forma inclusiva e respeitosa.
Para a Governança Familiar é mais um degrau a se percorrer na geração de harmonia e bem estar na família e nos negócios onde todos os integrantes tem a mesma importância e tenham suas opiniões consideradas em igualdade, com transparência nas ações, proporcionando assim, um maior dinamismo nas tomadas de decisões.
Quer aprofundar mais sobre o tema. Nos acompanhe neste processo de troca e aprendizado.